terça-feira, 19 de novembro de 2013

SITE

Pessoal, a partir de hoje não postaremos mais no blog. Em vez disso, vamos estar em contato através de um site. www.comportamentoequino.com.br

No site estarão todos os textos e vídeos existentes neste blog e muito mais conteúdo novo que com o tempo colocaremos, tudo de forma mais organizada, facilitando o acesso.

Também neste endereço é possível cadastrar seu e-mail para receber nossa Newsletter, que será mensal a partir de dezembro.

Obrigado a todos que me seguiram até aqui, vejo vocês no site novo! Seguimos juntos e falamos agora por lá! Um abraço!

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

FÊMEA - COMPORTAMENTO X REPRODUÇÃO

O que me motivou a escrever sobre o tema de hoje foi uma pergunta que me foi feita por um estudante de medicina veterinária a respeito do comportamento da fêmea em relação à reprodução. Existem poucas fontes bibliográficas disponíveis a respeito do tema, e as existentes enfocam mais a questão hormonal do que comportamental. Por este motivo, tentarei ser breve, pontual e direto com relação a características que são relevantes dentro deste assunto.
 
A maioria dos estudos aponta como membros dominantes nas manadas as éguas e não garanhões. Quase sempre essa liderança é exercida pela égua mais velha e mais experiente do grupo. Sabe-se, também, que existe uma hierarquia com relação às demais éguas da manada. Esta, ditada por afinidade com a líder e pela idade dos indivíduos.
 
Alguns pesquisadores observaram as éguas hierarquicamente superiores e mais antigas podem impedir a cobertura das mais jovens. Esta pode ser uma das razões pelas quais a taxa de nascimentos das éguas mais jovens é inferior em comparação com as éguas mais velhas em cavalos selvagens.
 
Observações concluem também que as éguas demonstram mais os sinais de cio na presença de um macho inteiro do que em um grupo onde este indivíduo é ausente. Inicialmente a aproximação e primeiras interações entre macho e fêmea ocorrem por iniciativa da fêmea. Conforme o ciclo entra na fase ovulatória, o macho gradativamente vai tomando a iniciativa.
 
Fêmeas e garanhões interagem através de contatos visuais e olfativos principalmente. As fezes, a urina e a postura de erguer a cauda e apresentar os posteriores aos machos enquanto pastam são indicativos de que a égua está se aproximando do período de cio. Este último é tido como o ato que desencadeia o interesse sexual do macho.
 
A égua tem dois comportamentos antagônicos durante o estro, apresentados em diferentes momentos. No primeiro, no início do cio, apresenta interesse pelo macho à distância, mas é avessa à aproximação e contato físico com o macho. Este comportamento muda a medida que se aproxima o período da ovulação.
 
A fêmea é quem dita o momento correto da cópula, permitindo a mesma pelo macho. Mesmo no período correto para a monta, macho e fêmea podem apresentar ações agressivas para com o outro. Coices, mordidas, relinchos são comportamentos naturais e esperados da cópula.
 
Os modelos de comportamento sexual são influenciados por fatores individuais (genética, experiência) e pelo ambiente. O estresse é um fator que pode alterar e inibir o cio das éguas. Idade, pelagem, tamanho, lactação, potro ao pé e proximidade da ovulação podem interferir no interesse sexual do macho.
 
A contenção física da fêmea, que visa preservar a integridade do macho, acaba por limitar a movimentação por parte da égua, e a aproximação do macho por trás da fêmea (e não pela frente, como ocorre na monta natural) são fatores que podem acarretar problemas para machos jovens e/ou com baixa libido, submetidos a monta controlada. Pequenos ajustes no manejo reprodutivo podem solucionar estes problemas.
 
Dúvidas? Dicas? Sugestões? Um abraço.

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

NOVIDADE BOA! CONFERE AÍ!!!

É com orgulho e satisfação que anuncio que a partir de agora estaremos com uma coluna no site www.equinoculturabrasileira.com.br!
 
Lá na sessão de artigos, todo mês, estarei postando a respeito do comportamento equino e suas relações nos mais variados aspectos da equinocultura!
 
São abordagens sutilmente diferentes a deste blog e a da página em questão. Sendo assim, seguirei alimentando os dois independentemente.
 
O primeiro artigo, que foi de apresentação, já está no ar! Segue o link direto para ele:
http://equinoculturabrasileira.com.br/site/comportamento-equino-thiago-pes/
 
Dúvidas? Dicas? Sugestões? Um abraço!


terça-feira, 3 de setembro de 2013

CERTIFICAÇÃO DE BEM ESTAR ANIMAL PARA EQUINOS DE CRIAÇÃO E ESPORTE

Certo tempo atrás, escrevi aqui a respeito de bem estar na espécie equina. Muitos acreditam que é uma utopia em se tratando de criação ou de equinos de alto rendimento.

Eu, já na época da postagem, defendia que medidas simples e sem custo elevado para implantação tem efeitos incríveis na melhora da qualidade de vida dos animais. Melhora esta que se reflete positivamente no desempenho dos mesmos nas pistas das mais variadas modalidades de esportes equestres.
 
Compartilho com vocês, através do link abaixo, uma matéria sensacional a respeito do tema. Ela mostra o que, futuramente, será o maior diferencial de mercado dentro do meio hípico! A certificação do bem estar na criação e no esporte. Desfrutem:
 
http://globotv.globo.com/rede-globo/globo-rural/v/certificacao-de-bem-estar-chega-ao-mercado-de-animais-criados-para-trabalho-e-esporte/2779314/

Dúvidas? Dicas? Sugestões? Um Abraço.

segunda-feira, 29 de julho de 2013

PALESTRA! Vamos???

Recebi com muita alegria o convite dos alunos da UFPEL para palestrar na Semana Acadêmica de Medicina Veterinária de lá!
 

Minha palestra será dia 31 de julho (quarta-feira) às 08:30hrs!
Segue abaixo a programação da Semana Acadêmica.
 



 

segunda-feira, 22 de julho de 2013

CURSO... Manejo e Horsemanship!

Tem curso de manejo gentil e horsemanship em Porto Alegre!
 
Vou ministrar um curso, em parceria com o talentoso amigo Sandro Fucolo, na zona sul da capital, nos dias 27 e 28 de julho!

Segue abaixo o folder e site para maiores informações!!!

 
 


segunda-feira, 17 de junho de 2013

TALENTO...



Talento... é o nome deste cavalo!

O vídeo demonstra o resultado de um manejo tranquilo e bem feito com um cavalo sem traumas, que entende perfeitamente a linguagem utilizada, e obedece aos comandos sem reações e resistências.
 
O objetivo é demonstrar que tudo é possível se utilizarmos uma linguagem adequada, com respeito e confiança.

A doma e o treinamento de cavalos funcionam como uma escada. Cada ensinamento é um degrau que subimos para que possamos alcançar o objetivo desejado.

A maior parte dos problemas ocorridos durante a doma e o treinamento tem como causa a ansiedade, que leva a pular etapas (degraus).

O aprendizado sólido é aquele que leva em conta o tempo e o limite de cada cavalo. São fatores individuais, que devem ser respeitados sempre.

Duvidas? Dicas? Sugestões? Um abraço.

terça-feira, 4 de junho de 2013

POR QUE EM PÉ? POR QUE SEM CORDAS? POR QUE CONTATO FÍSICO?

Seguidamente em cursos e palestras me fazem perguntas do tipo: "Por que tu trabalha (quase) sem cordas?", "qual o objetivo de ficar em pé no cavalo?", "por que tem tanto contato físico?"
A resposta para todas essas perguntas é a mesma: Trabalho com poucas cordas (o mínimo possível), com muito contato físico (em pelo, abraços, carinhos) e faço algumas peripécias como ficar em pé e posicionar a pata do cavalo sobre minha cabeça com o objetivo de ganhar e passar confiança!

A confiança é a base de uma boa relação com os cavalos. Ela deve ser mútua. Para ganha-la de um cavalo, eu preciso primeiramente confiar nele. É neste momento que entram todos esses recursos.
O fato de trabalhar com poucas cordas e em pelo me permite um contato fino com o cavalo. Deste modo ele é capaz de sentir a menor tensão que imponho nas pernas e no fechar da mão segurando as crinas.
"Mas tu confia em um cavalo que tu não conhece para andar em pelo e sem cordas nele?" Se um cavalo que eu não conheço quiser me derrubar, ela o fará com enorme facilidade. Neste caso, com ou sem cordas, rédeas, sela e demais equipamentos. E quanto à segurança, por experiência, hoje em dia prefiro cair limpo do que correr o risco de ficar preso a algum estribo ou rédea durante uma queda.
Afora isso, este método de trabalho dá maior relevância, num primeiro momento, ao aprendizado dos comandos de perna. Isso fará toda a diferença posteriormente, quando a boca passará a ser uma ajuda para casos extremos, e não o mecanismo de comando principal para virar para os lados e parar. Com isso se consegue muito menor reação negativa por parte dos cavalos em relação à embocadura.
Ficar em pé no cavalo, sentar virado para trás, montar pelos dois lados e demais exercícios que comumente faço não são invenção minha, nem tampouco meramente teatrais, como alguns pensam. São movimentos que estão presentes em modalidades como o volteio, por exemplo, e que tem basicamente duas funções:

A primeira, e já citada, é um exercício de confiança... Confiar que terás um animal parado naquele momento te ajuda a transmitir a confiança que o cavalo necessita para manter-se parado naquele momento... é uma troca de energias fantástica naquele momento.
A segunda, e não menos importante, é que estes movimentos treinam o equilíbrio, tanto do cavaleiro como do cavalo. Enquanto estás tentando te equilibrar ao desempenhar tais exercícios, teu cavalo está se acostumando a manter o equilíbrio mesmo com o deslocamento do peso sobre ele.
O equilíbrio é fator fundamental para um bom cavalo e certamente um dos fatores mais relevantes para um cavaleiro. Quem não tem equilíbrio, não tem assento no cavalo, e por conta disso acaba buscando o equilíbrio nas rédeas, exercendo força desproporcional e desnecessária numa região tão sensível e importante do cavalo: A BOCA.
Dúvidas? Dicas? Sugestões? Um abraço!

segunda-feira, 1 de abril de 2013

VÍDEO, MANEJANDO ÉGUA CRIOULA COM REAÇÕES AOS COMANDOS...

Este vídeo demonstra o manejo de uma égua crioula, de 06 anos, que apresenta reações aos comandos de rédeas e pernas.
 
Ela foi iniciada na doma tradicional e, por imperícia de quem domou, não conhece rédea direta (comando da rédea no mesmo lado para o qual se pretende virar). Conhece apenas a rédea indireta (comando da rédea é feito no pescoço, no lado oposto ao qual se pretende virar).
 
Por conta disso, ela apresenta uma reação de virar a cabeça para a direita quando o corpo vai para a esquerda, e vice versa...
 
 
 
Este fato causa um desequilíbrio no cavalo. E por conta disso, a tendência do animal a acelerar os movimentos.
 

Para a correção destas reações, portanto, é indicado iniciar pelos movimentos mais básicos e nas velocidades menores. Ao contrário do que possa parecer, é mais difícil para um animal desequilibrado desempenhar um movimento lento do que um rápido!
Seguindo o mesmo princípio, inicio trabalhando com o buçal de argolas, iniciando a rédea direta com ele para que haja o mínimo de estímulos nesta fase... E por isso também, trabalho inicialmente em pelo.
 
O objetivo é que a égua aprenda a rédea direta, para que eu possa, com ela, corrigir a posição de cabeça/pescoço, que são a "direção" do cavalo e, a partir daí, eu possa auxiliar no equilíbrio com movimentos corretos...
 
O trote e o galope, encilhados e com embocadura, serão os degraus finais da escada de aprendizado... E serão mais facilmente passados se nossa base no passo estiver sólida!
 
Dúvidas? Dicas? Sugestões? Um abraço!



domingo, 17 de março de 2013

VÍDEO: INICIAÇÃO DE POTRA CRIOULA

Essa potra Crioula tem pouco mais de 2 anos. O vídeo pretende demonstrar a preparação feita com a potra para tornar tranquila e natural a etapa da monta, durante a doma.


Ao longo deste vídeo, é possível notar a calma e a tranquilidade da potra durante todo o manejo.

Alem disso, a calma e paciência de quem maneja o animal também é visível.

Para a primeira monta, o animal deve estar dessensibilizado e tocado por todo o corpo. Não deve apresentar medo ao contato e pela proximidade da pessoa, e somente  o peso do corpo já é suficiente, não sendo necessário, na primeira vez, passar a perna para o outro lado...

Dúvidas? Dicas? Sugestões? Um abraço.

quarta-feira, 13 de março de 2013

OS CAVALOS E OS SENTIDOS

Que a espécie equina apresenta os 5 sentidos (olfato, audição, visão, tato e paladar) muito mais desenvolvidos em relação à especie humana já está provado cientificamente. O que vem se estudando, agora, são alguns outros sentidos, ainda não dominados e compreendidos pelos humanos, mas que os cavalos (animais em geral) controlariam e perceberiam normalmente.

Quero abordar aqui, especificamente, sentidos que envolvem a energia e o pensamento! Embora inicialmente pareça extravagante ou excêntrico, a força do pensamento e a energia corporal ajudam muito na boa comunicação entre o homem e o cavalo.

Quando desempenhamos uma ação pensando no resultado que desejamos, nosso corpo emite sinais, imperceptíveis a nossos olhos, mas muito claros para as espécies que dominam a linguagem corporal. Em outras palavras, pensar no resultado que buscamos ajuda nosso corpo a comunicar nossa intenção!

Afinar a comunicação até que o animal responda ao nosso pensamento é o refinamento máximo da relação entre homem x cavalo! E isso é plenamente alcançável, com investimento de tempo e dedicação...

Para isso, deve-se trabalhar com os princípios de pressão e alívio e, desta forma, ir tornando cada vez mais sutis as outras ajudas (cabresto, varinha, perna, espora, rédea, etc). Porém sempre com uma linguagem clara e objetiva.


Assim como nós humanos, os cavalos são influenciados pela energia de quem os cerca. Até aí, nada de novo... O que se está buscando é, na prática, como podemos canalizar essa energia e usar a nosso favor.

Com os potros de doma são frequentes as situações onde apresentamos algo novo para eles, seja um manejo ou um objeto. Nessas situações, uma energia calma e tranquila da nossa parte torna a situação menos ameaçadora. O contrário é verdadeiro também... se emanamos uma energia pesada, amedrontada ou violenta, a tendência natural é de que o cavalo se coloque amedrontado e inquieto!

A energia, quando aprendemos a controlá-la, serve também para variarmos a intensidade da ação que solicitamos... Um exemplo claro é que podemos mudar a intensidade do galope de acordo com a intensidade da energia que emanamos quando pedimos o galope. 

As mudanças de andaduras (passo-trote, trote-galope, galope-trote, trote-passo, passo-galope, galope-passo) também podem ser obtidas através da intensificação e atenuação da nossa energia!

Resumindo... A combinação entre a energia, o pensamento e a linguagem corporal tornam a comunicação com os cavalos mais clara e objetiva! Cabe a nós exercitarmos estes sentidos, para que possamos desenvolve-los melhor. 

Nos próximos posts, colocarei vídeos demonstrativos da utilização dessa combinação...

Dúvidas? Dicas? Sugestões? Um abraço!

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

CURSO EM SP: COMPREENDENDO O CAVALO!!


É com imenso orgulho que comunico que fui Convidado pela Coudelaria Função para ministrar um curso ao lado de Luíza Magalhães, Ndzinji Pontes e Izabela Sanches!
O curso, denomidado Compreendendo o Cavalo, abordará os temas de Horsemanship, Equitação, Psicologia Equina, Doma e Etologia, e ocorrerá entre os dias 01, 02 e 03 de março! Vagas limitadas!

Mais informações em www.coudelariafuncao.com.br, pelo e-mail coudelariafuncao@hotmail.com ou pelo fone (15)9742.5419 com Izabela!

Espero vocês! Um abraço!

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

CAVALGADA DO MAR! Tu vais??? Então leia...

Entre os dias 02 e 09 de fevereiro deste ano, ocorrerá a 29ª edição da tradicional Cavalgada do Mar, que percorre o litoral norte do estado do Rio Grande do Sul, de Torres até Palmares do Sul.

Esta será a terceira edição que a Cavalgada terá Responsabilidade Técnica de um médico veterinário, e o acompanhamento, de ponta a ponta, de uma equipe de veterinários da Organização do evento.

Esta equipe terá as funções de cadastramento dos animais participantes, exame de admissão dos cavalos e suporte clínico para os animais cadastrados, durante todo o percurso. Tudo isso, sob um valor simbólico cobrado no cadastramento.

Essas ações fazem parte de exigências para que fosse possível a realização deste evento, feitas pelo Ministério Público através de um Termo de Ajustamento de Conduta, o qual disponibilizo, na íntegra, aqui neste link.

Mas por que isso é importante para quem vai participar da Cavalgada do Mar? Justamente porque agora os animais terão um responsável por eles, identificado, e que responderá a qualquer ato que prejudique a sanidade clínica e comportamental destes animais durante o evento.

Na Cavalgada do Mar de 2012 houve um caso onde foram constatados maus tratos e, a partir de um laudo de médico veterinário, a polícia deu entrada com os procedimentos legais para responsabilização do proprietário do animal por estes maus tratos!

Por tudo isso, a minha sugestão para quem vai participar da 29ª Cavalgada do Mar é que contate um profissional médico veterinário agora, para que este faça um exame clínico completo no cavalo e ateste que ele está apto à fazer a cavalgada. E a partir disso, peça a ele um plano de exercícios para condicionar seu animal às exigências físicas deste evento, associado a um plano nutricional adequado.

Estas ações prepararão os animais adequadamente para os desgastes físicos que enfrentarão e evitarão problemas e dores de cabeça para os proprietários durante a cavalgada!

Dúvidas? Dicas? Sugestões? Um abraço!