quinta-feira, 22 de novembro de 2012

AEROFAGIA!



Aerofagia é um dos mais conhecidos exemplos de comportamento estereotipado, desenvolvido geralmente por cavalos de cocheira.

Consiste no ato de sugar e engolir o ar, fazendo com que este percorra o trato digestivo do animal, podendo causar sintomas locais e sistêmicos, que vão desde dor abdominal e síndrome do abdômen agudo à queda no desempenho e perda relevante de peso, com piora de estado físico.

Normalmente desencadeada pelo estresse oriundo do excessivo tempo confinado, a aerofagia é uma patologia do comportamento. Se apresenta de forma crônica e progressiva, aumentando o tempo e quantidade de ar ingeridos ao longo do tempo.

Não existe uma cura para esta estereotipia. Muito se tem pesquisado a respeito. Há relatos de cirurgias, uso de artefatos (coleiras) e medicamentos, mas nenhuma com satisfatório grau de cura, além de atentarem contra o bem-estar do animal em questão.

A dica é PREVENIR! Cavalos necessitam espaço e tempo livre! Além disso, distrações dentro da baia para entreter o cavalo nos períodos confinados também podem ajudar.

Para os cavalos que já apresentam este distúrbio, uma mudança no manejo é essencial para a atenuação do problema. Envolvendo tempo em liberdade, quantidade de refeições diárias, quantidade de volumoso (pasto) diário, opções de distração e etc.

Lembre-se, cavalos desenvolvem aerofagia por uma necessidade fisiológica em função do confinamento que NÓS impomos a eles. Não é uma simples mania, como muitos pensam, não tem relação com genética e não passa de um cavalo para outro.

Então, a "culpa" pelo aparecimento deste distúrbio é inteiramente humana, por um manejo errado que não leva em conta as necessidades naturais da espécie equina.

Dúvidas? Dicas? Sugestões? Um abraço.






sábado, 10 de novembro de 2012

VÍDEO DE UM POTRO COM TRAUMAS - 5º DIA DE TRABALHO

Este vídeo mostra a mudança de comportamento do Potro Agressivo da postagem anterior, com apenas 5 dias de trabalho.



A técnica consiste em deitar o animal, de forma não traumática e sem violência e, a partir desta posição de submissão do animal, reorganizar as associações que o cavalo tem a respeito do manejo.

Após 3 dias de trabalho, a mudança na expressão corporal do potro é nítida. As reações agressivas de morder e empinar (com manotaços muitas vezes) sessaram praticamente por completo.

Tanto proprietário quanto tratador relatam que o animal já está mais calmo no convívio diário, e que as situações de conflito diminuíram drasticamente.

Dúvidas? Dicas? Sugestões? Um abraço!